Radio Helio Locutor

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

10 anos da tragédia do Vale do Itajaí: o que aprendemos?

Retratos de um desabamento. Itajaí, 2008. — Foto: Reprodução/Ceped/UFSC. CAU/SC chama atenção para necessidade de respeitar os fatores ambientais na construção dos habitats.


Em 2018 Santa Catarina relembra os 10 anos uma das maiores tragédias causada por fatores climáticos de sua história: as inundações e deslizamentos de terra do Vale do Itajaí ocorridos em 2008. Os morros do Vale, não suportaram o volume excepcional de chuvas para aquele final de novembro que tirou a vida de 135 pessoas e deixou outras milhares desabrigadas.
Retratos de um desabamento. Itajaí, 2008. — Foto: Reprodução/Ceped/UFSC.Retratos de um desabamento. Itajaí, 2008. — Foto: Reprodução/Ceped/UFSC.
Retratos de um desabamento. Itajaí, 2008. — Foto: Reprodução/Ceped/UFSC.
Segundo o Inmet, o Instituto Nacional de Meteorologia, o volume de água previsto em Blumenau, cidade mais afetada, era de 140 mm e não os 1.002 mm que fizeram com que o Rio Itajaí-Açu transbordasse causando os efeitos devastadores que o Brasil acompanhou à época.
O deslizamento do Morro do Baú, em Ilhota, apresentou outra face trágica deste quadro. Diferentemente dos alagamentos ocorridos na década de 80, quando o principal problema do excesso de chuvas era o transbordamento dos rios, em 2008 um fenômeno diferente se apresentou. A ocupação desordenada das áreas de encosta dos morros, com o acúmulo de água, não resistiu e veio abaixo em diversos pontos do Vale, gerando perdas humanas e materiais.
Expansão desordenada das moradias no Vale do Itajaí
A expansão das construções sem nenhum planejamento é uma triste realidade no Brasil: um levantamento inédito realizado CAU/BR em parceria com o Instituto Datafolha apontou que cerca de 85,40% dos brasileiros que construíram ou reformaram suas residências fizeram o serviço por conta própria ou com pedreiros e mestres de obras, amigos e parentes. Apenas 14,60% contratou arquitetos ou engenheiros.
O resultado desse estudo corrobora com a percepção da Profa. Dra. Claudia Siebert, Arquiteta e Urbanista, mestre e doutora em Geografia e Professora aposentada do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Regional de Blumenau, “Nossas cidades se desenvolveram, historicamente, em permanente conflito com o meio natural: cortes de morros, desmatamentos, canalização e retificação de rios, aterros de áreas inundáveis. Os desastres ditos naturais são, na verdade, socialmente construídos. No caso do Vale do Itajaí, a chuva intensa de 2008 foi apenas o gatilho, o catalizador de uma bomba relógio que estava armada devido à ocupação irregular das áreas de risco de enchente e de deslizamento. Em um cenário global de mudanças climáticas que tornam os eventos climáticos extremos cada vez mais intensos e frequentes, nossas cidades podem se transformar em verdadeiras armadilhas com imenso potencial para desastres se não soubermos construí-las respeitando o meio natural, isto é, preservando as encostas e as margens dos cursos d'água”, explica.
Perdas humanas e materiais
Em Itajaí, cidade que abriga um dos portos mais importantes do Brasil, o ponto de encontro do rio com o mar, a maré alta em conjunto com o acúmulo de água de toda a bacia hidrográfica fez com que mais 80% do território do município ficasse debaixo d’água em 2008. O porto da cidade, principal meio de escoamento da produção industrial e agrícola do estado ficou inativo por diversos dias, um enorme prejuízo financeiro para economia do estado.
Rua Amazonas completamente alagada. Blumenau em novembro de 2018. — Foto: reprodução.Rua Amazonas completamente alagada. Blumenau em novembro de 2018. — Foto: reprodução.
Rua Amazonas completamente alagada. Blumenau em novembro de 2018. — Foto: reprodução.
Outras cidades como Joinville, Indaial e parte de Florianópolis também registraram perdas humanas e materiais.
A pergunta que fica é: será que os resultados da catástrofe foram unicamente climáticos? Certamente não, conforme esclarece Claudia Siebert “O setor imobiliário formal tende a seguir os planos diretores em seus empreendimentos. Já a autoconstrução, o mercado imobiliário informal, ocupa as áreas mais desvalorizadas, que são as áreas de risco de enchente e de deslizamento, e não respeita as áreas de preservação permanente previstas na legislação ambiental e urbanística. Além disto, esta ocupação das áreas de risco é feita sem orientação técnica, com problemas estruturais e de drenagem. A ocupação das áreas de risco, por sua vez, se dá por falta de alternativas habitacionais seguras e de baixo custo para a população de baixa renda. A retenção especulativa da terra, descumprindo a função social da propriedade preconizada pelo Estatuto da Cidade, e a falta de uma política habitacional consistente estão na raiz dos desastres”.
Reflexões sobre uma tragédia
Nesse momento de reflexão sobre os 10 anos dos deslizamentos e alagamentos nas cidades, o CAU/SC convoca toda sociedade para uma reflexão: o que aprendemos com 2008?
Para Daniela Sarmento, Presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Santa Catarina (CAU/SC) o setor imobiliário precisa estar alinhado com as diretrizes ambientais que garantem a maior segurança do solo e auxiliam na prevenção de tragédias como a do Vale do Itajaí em 2008, “A resiliência urbana nos traz um aprendizado constante de que é preciso incorporar de forma estratégica as questões ambientais no planejamento urbano de nossas cidades. Somente assim poderemos promover de fato o desenvolvimento humano, econômico e territorial de forma integrada, sustentável e mais segura para a população”.
Blumenau 1911: alagamentos históricos devido à cheia do rio que corta a cidade. Desabamentos recentes causados pela expansão imobiliária.  — Foto: reprodução/acervo Furb – Acervo Claudia Siebert Blumenau 1911: alagamentos históricos devido à cheia do rio que corta a cidade. Desabamentos recentes causados pela expansão imobiliária.  — Foto: reprodução/acervo Furb – Acervo Claudia Siebert
Blumenau 1911: alagamentos históricos devido à cheia do rio que corta a cidade. Desabamentos recentes causados pela expansão imobiliária. — Foto: reprodução/acervo Furb – Acervo Claudia Siebert
Para a professora Claudia, em um cenário ideal, a sociedade precisaria passar por um processo de reeducação que inclui o respeito pelo meio ambiente no que tange a expansão das habitações. “Teríamos que aprender com os desastres, aproveitar suas lições como impulsionadoras de transformações sociais e urbanísticas. Hoje já conseguimos atingir um patamar de resiliência reativa, pois conseguimos, com a experiência e os investimentos na defesa civil, nos recuperar rapidamente dos desastres. Mas precisamos ainda avançar para a resiliência evolutiva, que não aceita a convivência com o risco e não reconstrói em áreas perigosas. Precisamos entender que medidas estruturais como barragens não são suficientes para evitar desastres como o de 2008, que conjugou enchente com deslizamentos. Precisamos de recuperação florestal nas encostas e nas margens dos cursos d'água, tanto nas áreas rurais quanto nas áreas urbanas, para reter os grandes volumes de chuva cada vez mais frequentes. Precisamos de infraestrutura azul e verde nas cidades, com ruas e passeios permeáveis, captação, retenção e retardamento da água da chuva, arborização urbana, telhados verdes, jardins verticais e sistemas de parques públicos. E, é claro, habitação social em conjuntos de pequena escala, localizados em áreas seguras e já urbanizadas (infraestrutura e serviços sociais). É um mundo ideal possível, não uma utopia inatingível, pois não nos faltam recursos ou tecnologia”.
Mais sobre o tema
O Grupo de Pesquisa Interdisciplinar em Gestão de Risco de Desastres da Universidade Regional de Blumenau criou um site em que disponibiliza publicações, artigos e imagens sobre a tragédia do Vale do Itajaí em 2008. https://desastrefurb.wixsite.com/portal/. Se você tem interesse sobre o tema, acesse, leia, estude, participe do processo de pensar a habitação em conformidade com o meio ambiente e segurança para a sociedade.
Reviver o passado é se precaver para o futuro.
Por CAU / SC
 

Fonte: https://g1.globo.com/sc/santa-catarina/especial-publicitario/cau-sc/conselho-de-arquitetura-e-urbanismo-sc/noticia/2018/12/05/10-anos-da-tragedia-do-vale-do-itajai-o-que-aprendemos.ghtml?utm_source=afiliada&utm_medium=especial_pub&utm_term=chamada&utm_content=cau_sc&utm_campaign=nsc




domingo, 17 de fevereiro de 2019

O QUE É EL NIÑO ?CHUVAS PARA REGIÃO ?


Efeitos do fenômeno El Niño pelo mundo - Fonte: NOAA | Arte: Hugo Galdino/Notícias Agrícolas

O Centro de Previsão Climática (Climate Prediction Center, CPC, na sigla em inglês) ligado ao NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), o serviço de Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos confirma. O fenômeno climático El Niño está caracterizado, após meses de acompanhamento das condições no Oceano Pacífico, e podem seguir até o Outono no hemisfério Sul.
"As condições de El Nino formaram-se durante janeiro de 2019, com base na presença de temperaturas da superfície do mar (SSTs) acima da média na maior parte do Oceano Pacífico equatorial e mudanças na circulação atmosférica", disse o centro meteorológico.
Ainda de acordo com a organização, é esperado que o fenômeno seja de fraca intensidade e que perdure até a Primavera no hemisfério Norte. "Como as previsões na primavera tendem a ser menos precisas, as chances de que o El Nino persista durante a primavera [outono no hemisfério Sul] são de cerca 50%".
"Embora as temperaturas da superfície do mar estejam acima da média, as observações atuais e os modelos climáticos indicam que esse El Niño será fraco, o que significa que não esperamos impactos globais significativos no restante do inverno e na primavera", disse para a CNN Mike Halpert, vice-diretor do Centro.
Efeitos do El Niño - Fonte: NOAA / Notícias Agrícolas
O fenômeno climático pode provocar diversas mudanças nos padrões climáticos pelo mundo e, apesar da fraca intensidade prevista, meteorologistas do NOAA ainda acreditam que o El Niño possa gerar impactos locais durante sua ocorrência nos próximos meses.
"Devido à fraca intensidade esperada, impactos globais generalizados ou significativos não são esperados. No entanto, os impactos frequentemente associados ao El Niño podem ocorrer em determinados locais durante os próximos meses", informa o Centro.
Historicamente, em anos de El Niño, as chuvas tendem a ficar mais concentradas no extremo Sul da região Sul do Brasil, além de fazer calor em áreas do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No extremo Norte, a tendência é de tempo mais seco.
Nos próximos meses, o Brasil estará no ápice do desenvolvimento da safra de grãos, cana-de-açúcar e café. A safra 2018/19 de soja no país nos últimos dias tem sido marcada por altas temperaturas e baixos volumes de chuva, assim como a temporada 2019/20 de café arábica e conilon.
Mapa de previsão probabilística para todo o Brasil em janeiro, fevereiro e março - Fonte: Inmet
De acordo com o mapa de previsão probabilística do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) para o Brasil em março, abril e maio, chuvas acima do normal são esperadas para o Sul e áreas isoladas do Sudeste, Centro-Oeste e Norte. Em pontos do Centro-Oeste e Nordeste a tendência é de precipitações abaixo do normal.
Em uma previsão mais próxima, nos próximos sete dias, chuvas volumosas serão registradas sobre a maior parte do Brasil. Acumulados de até 150 milímetros são esperados em áreas do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Piauí, Minas Gerais, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Veja o mapa de precipitação acumulada para todo o Brasil nos próximos 7 dias:
Mapa de precipitação acumulada para todo o Brasil nos próximos 7 dias - Fonte: Inmet

Fonte: Inmet

Nesta sexta-feira (15), o Inmet emitiu alerta de chuvas intensas em áreas de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e São Paulo, além de acumulados de chuva em localidades da Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Santa Catarina e São Paulo.

O que é o El Niño?

O El Niño é um fenômento climático caracterizado pelo aquecimento das águas da superfície do Oceano Pacífico. No mapa divulgado pelo Centro, é possível ver esse aquecimento sazonal nas águas da superfície do mar em grande parte do Pacífico equatorial.
De acordo com a Reuters internacional, o último evento de El Niño, de forte intensidade, ocorreu entre os anos de 2015 e 2016 e causou danos às lavouras agrícolas ao redor do mundo, além de incêndios e inundações repentinas pelo mundo.

Fonte: https://www.noticiasagricolas.com.br/noticias/clima/230402-centro-do-noaa-confirma-el-nino-esta-caracterizado-e-impactos-locais-sao-esperados-nos-proximos-meses.html#.XGmBIOhKjIU

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

OS MISTÉRIOS DO RIO PASSO NOVO

O Rio Passo Novo é um rio que está localizado na cidade de Fraiburgo-SC, pertencente a Bacia Hidrográfica do Rio Canoas é um afluente do Rio Roberto, que deságua no Rio dos Patos e segue até o Rio Correntes e Rio Marombas seguindo seu curso até o grande Rio Canoas e segue até o Rio Uruguai, A área da foz do rio Uruguai foi palco de algumas batalhas da Guerra do Paraguai (1864 – 1870). O Rio Uruguai deságua no  Rio da Prata junção do Rio Uruguai e Rio Paraná que deságua no oceano atlântico. 

O Rio Passo Novo possui sua historia que acompanha desde o nascimento da cidade de Fraiburgo, onde este rio foi divisa de território Curitibanos e Videira, também abasteceu por muito tempo a fábrica de papel Papelose para serviços prioritários da fabrica e ainda hoje abastece a fabrica de papel Trombini onde a água é usada na fabrica para lavar o piso da fábrica e alguns equipamentos. O Rio Passo Novo é um rio que possui seus mistérios qual parte dele foi modificado durante o período de ocupação territorial urbano, pois assim veremos no desfecho desta historia desde o nome oficial que consta em documentos e mapas o chamado Arroio Passo Novo, a diferença entre Arroio e Rio é o seguinte conforme explica o dicionario formal "

Arroio: Substantivo, O que é Arroio: Do b. Lat. arrogiu s. m., ribeiro; regato não permanente; pequena corrente de qualquer líquido.
Rio: Verbo ou Substantivo O que é Rio: Um rio ou flúmen (palavra derivada do latim, em raros casos utilizada em textos poéticos) é uma corrente natural de água que flui com continuidade. Possui um caudal considerável e desemboca no mar, num lago ou noutro rio, e em tal caso denomina-se afluente. Podem apresentar várias redes de drenagem.
Fonte: https://www.dicionarioinformal.com.br/diferenca-entre/arroio/rio/

Chamo de Rio, pois o passo novo que é uma corrente natural de água que flui com continuidade, qual é afluente para formação do Rio Roberto, rio este que possui o nome do engenheiro civil responsável pela pavimentação asfáltica na rodovia SC 355 nos anos 70 está rodovia é a que corta o município de Fraiburgo vindo da cidade de Lebon Régis e segue até a cidade de Videira.

O Rio Passo Novo, possui sua nascente próximo ao Bairro São Sebastião em Fraiburgo, onde esta a 1056 metros do nível do mar, forma alguns lagos e segue seu curso pela Av. Videira no Bairro Santa Monica em Fraiburgo já a altitude deste Rio na ponte da Rodovia SC 355, local onde encontra o Rio da Ameixa fica a 1015 do nível do mar, ou seja a uma queda de 41 metros.

Neste trecho de queda o Rio Passo Novo recebe alguns afluentes, bem como o Rio do Hospital que possui sua nascente no Bairro Vila Nova, também recebe afluente do Rio da Agrícola Fraiburgo que fica localizado na subida do Bairro São Sebastião e vários afluentes que vem da mata Renê Frey.

Um dos Rios afluentes que descarregam um grande volume de água no Rio Passo Novo é o Rio da Ameixa que nasce na localidade de Linha Brasilia com altitude de 1076 metros do nível do mar chegando ao final do seu curso em 1015 metros de altitude, uma queda de 65 metros.
O Rio da Ameixa recebe vários afluentes como o chamado Rio São Miguel onde nasce no bairro com o mesmo nome e outro afluente nasce na rodovia FB 050, Bairro São Cristóvão e todos seguem seu curso até o Rio Passo Novo.

Após receber todos estes afluentes aqui citados o Rio Passo Novo começa sua jornada uma extensão de 17 km seguindo da ponte da rodovia SC 355 na área central da cidade de Fraiburgo, encontrando outros rios no percurso como o Arroio do Lageado e outros Rios que possui o mesmo nome Arroio Passo Novo.

Vale ressaltar que o Rio Passo Novo por volta dos anos 1973 teve alteração em seu curso, onde hoje é conhecido como a lavação do Mauricio, este rio passava em frente da lavação, porem o prefeito da época decidiu mudar o curso com a finalidade de aumentar a vazão do Rio da Ameixa pois nesta época já havia registro de alagamentos na área central e um dos fatores desta inundação era o estrangulamento do Rio Passo Novo com o Rio da Ameixa e no aproveitamento da construção da rodovia as maquinas da DR "departamento de estrada e rodagem" mudaram o curso do rio facilitando também a passagem da rodovia próximo a lavação, porem o problema das inundações não foi resolvido, ainda causa transtorno aos moradores da Rua Arnoldo Frey quando as fortes chuvas torrenciais chegam com volume de água considerável, outro problema foi gerado na mudança do curso do Rio Passo Novo, segundo familiares do antigo proprietário do terreno localizado no bairro Santa Mônica e na passagem do Rio Passo Novo o senhor de bom senso autorizou a passam do rio na sua propriedade, porem naquela época as leis ambientais não havia muita cobrança embora o código florestal é de 1965, a promessa era que em poucos anos seria feito uma tubulação no rio e voltaria tudo ao normal em relação ao terreno, mas o tempo passou as leis cada vez foram mais rígidas e digo que com certa razão afim de preservar o meio ambiente e assim mais modificações em seus textos e um novo código florestal foi apresentado em 2002 onde a cobrança das áreas de apps era tomadas como prioridades e neste caso próximo a borda dos rios uma margem de 30 metros de cada lado passo a ser áreas de preservação permanente é possível que possa ser mudado para 15 metros de cada lado mas a área de app devera ser mantida, para os herdeiros dos terrenos hoje segundo eles foi prejuízo pois perderam áreas de terras.



O Rio Passo Novo esta escondido no centro da cidade ?

Sim! é uma verdade pois como nasce longe das áreas construídas o mesmo passou por modificação quando foi tubulado desde a conhecida fabrica da sonora ate em frente a Loja Crestani Peças na Av. Videira e passa um trecho de 15 metros e novamente tubulado ate a ponte da SC 355.

É verdade que a Avenida Videira é fundo dos comércios localizados no Bairro Santa Mônica, porém após a tubulação do Rio Passo Novo, passou a ser a entrada dos comércios ?

R: Sim, a entrada seria pela rua dos Andrades no bairro santa mônica mas por conta da tubulação do rio passo novo ela mudou de formato e passou a ser entrada pela avenida videira, neste caso melhorou para os comerciantes e clientes que precisam chegar até as lojas.

A tubulação do Rio Passo Novo contribui para o fator dos pontos de alagamentos na cidade, principalmente na avenida videira perto do Posto Maça e Posto Mime ?

R: Sim! pois o diâmetro da tubulação neste trecho é de 150 mm, segundo engenheiros civil uma tubulação não enche 100% da sua medida ou seja não passa por esta tubulação 150 mm de água neste caso se perdeu o volume total do escoamento da água, impedido a sua passagem total a água procura outros caminhos onde formam os alagamentos ate que passe uma chuva torrencial e volte ao normal, vale ressaltar que o Rio do Hospital deságua no passo novo já tubulado e todas as redes de drenagens do centro e bairro bela vista embora desaguem no rio da ameixa mas todos percorrem e encontram o rio passo novo que no momento de chuva já esta com o nível elevado formando o chamado estrangulamento onde a vazão diminui e forma todos os pontos de inundação até voltar seu período normal.

Na sua opinião esta tubulação interfere ou contribui para formar alagamentos? no seu ponto de vista se não fosse tubulado não aconteceria os alagamentos ?

Bom! a tubulação do Rio de certo modo interferiu o escoamento da água com mais facilidade e contribui para formação de pontos de alagamentos, porem hoje já é uma obra consolidada dificilmente se modificara ou voltara a seu formato original, agora se não fosse tubulado este percurso do Rio Passo Novo e fosse respeitado as áreas de app de cada lado da borda do Rio com certeza nos não iriamos ver alagamentos em residencias ate porque a área de app ficaria com o excesso de água das chuvas.


Se hoje tem registro de excesso de água na avenida videira quando ocorre chuvas torrenciais a possibilidade deste excesso de água aumentar no decorrer dos anos devido as mudanças climáticas que nos temos observados que o tempo tem obtido variações ou seja chovendo mais muito calor muito frio registrado digo mudanças climáticas que podem fazer chover mais em curto espaço de tempo ?

Sim! se observarmos hoje nos vamos ver que na subida do Bairro São Sebastião existe uma plantação de pinus da empresa Trombini, mas é certo que um dia estas árvores serão retiradas e quando isso ocorrer que o mato fique pelado falando de um modo popular, na ocorrência de uma precipitação forte as águas tendem a formar corredeiras ou seja a velocidade da água dos morros são mais velozes e com mais facilidade formaram pontos de alagamentos pq o rio passo novo continua com sua caracterização que possui porem a alteração no terreno sera concluída e toda ação forma uma reação.



Se mudasse todos os diâmetros das tubulações de drenagem da cidade resolveria o problema de alagamentos na cidade ?

Não! não resolveria, mesmo que fosse colocado todos os tubos de 150 mm ou 200 mm pois o que não vai mudar é o tamanho e a vazão do rio passo novo podemos melhorar antes de chegar no rio mas quem coordena o transporte de água da cidade é o Rio Passo Novo qual já possui sua característica consolidada.

Qual o maior problema nos rios nos dias de hoje e no caso no Rio Passo Novo ?

é a quantidade de lixo jogado na água é fácil ver uma garrafa peti uma latinha de cerveja ou uma garrafa uma sacolinha fechada de lixo tudo isso se encontra com facilidade no percurso do rio.

A avenida Caçador no Bairro São José e a Rua Bolívia, no Bairro Jardim America estão em área de app ? ja que o rio passo novo passa próximo ?

Bom, a Avenida Caçador está longe do rio passo novo, eu diria que repeitando a área de app, porem a rua bolívia está dentro da área de app.

Qual a vazão do Rio Passo Novo ?

O consorcio CimCatarina fez estudo de vazão neste Rio e obtemos a seguinte informação:


Fonte: Consorcio CimCatarina.

O desassoreamento do Rio é uma medida mitigadora ?

Sim! É uma medida para reduzir os pontos de alagamentos em dias de chuva forte melhorando o escoamento de água reduzindo o tempo do excesso de água de ficar em pontos que forma acumulo de água impossibilitando pessoas e carros de transitarem.

Somente o desassoreamento do Rio passo novo é possível não alagar mais a cidade ?

R: Não! é uma medida mitigadora com aumento de vazão e redução de tempo para água ficar nas ruas porem não sera resolvido o problema de alagamentos, ate porque para resolver este problema precisaria aumentar a dimensão do rio e aprofundar mais.



Na sua experiencia oque deveria ser feito para conter as inundações em dias de chuvas fortes em Fraiburgo ?

Bom, primeiro ponto deveria ser respeitado todas as áreas de app nestas áreas em uma determinada metragem não deveriam construir ou se por acaso construir deixar o piso acima da cota de alagamentos digo isso nas áreas mapeadas como ares de risco de alagamentos, outro fator é a conscientização da população referente a não jogar lixo na rua ou em locais que este lixo seja transportado para o Rio, também a captação de água da chuva das residencias auxiliariam em não escoar muita água para o rio deixando a água para uso domestico como lavar calcadas ou soltar lentamente a água apos as chuvas.

Bacias de Contensão ajuda ?

Sim! A bacia de contensão é nada mais que um lago bem projetado para receber o excesso de água em dias de chuva e escoar lentamente para os rios, a maioria do período é conhecido como lago seco.

Está sendo feito estudos para que seja construído Bacias de Contensão ?

Sim e esta em fase bem adiantado que logo sera construída uma pelo menos para teste mas é uma bacia de contenção não uma barragem é diferente de barragem.

E o lago das araucárias ?

Sempre Lindo, cartão postal de Fraiburgo.






Autor: Hélio de Bairros
Perguntas: Danieli Ana da Silva 
Fonte: Documentos Públicos e Historias contadas por servidor publico que trabalhou no serviço publico a mais de 40 anos.
Fotos: Helio Locutor

























Candidato a Vereador Hélio de Bairros 55.199

  Projeto do candidato a Vereador Hélio de Bairros 55.199 Minha missão como vereador é  Em Defesa Do Povo  -   Defender o Servidor Publico M...